O mau hálito por si só já é um grande problema, mas quem tem mau hálito, na maioria das vezes, não imagina que isso o está sujeitando a problemas de saúde muito maiores que a própria halitose.
Já foi demonstrado que a saburra lingual é sede de microrganismos responsáveis por cárie, doença periodontal (doenças da gengiva), halitose, doenças pulmonares, gastrite por H. pylori, etc.
Estudos mostram uma ligação entre a doença periodontal e uma série de doenças sistêmicas, como por exemplo, doença cardíaca, acidente vascular cerebral, e no caso de diabéticos uma maior dificuldade no controle da doença. No caso de gestantes, existe uma ligação entre a doença periodontal e o nascimento de prematuros, abortos e natimortos.
Existem também os aspectos sociais da halitose, pois uma pessoa que vive em sociedade é obrigada a conviver em estreito contato com os demais, sendo que qualquer característica desagradável certamente irá prejudicar sua aceitação por parte das pessoas com quem convive.
O mau hálito faz com que a pessoa tenda a um isolamento social, pois interfere no relacionamento com as outras pessoas, podendo causar problemas de ordem conjugal ou familiar, dificuldades em se iniciar novos relacionamentos afetivos, dificuldades relacionadas à ascendência profissional, etc.
A Associação Brasileira para Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO) realizou em 2006 uma pesquisa em âmbito nacional denominada “O Mau Hálito e a Qualidade de Vida”, entrevistando pessoas que procuraram atendimento tendo como queixa principal a halitose, sendo que muitas responderam mais de uma opção. Os resultados mostraram que 99% dos participantes acharam que quem tem halitose deve ser alertado. A maioria (88%) considera que a halitose tenha provocado mudanças em suas vidas, sendo 36% no âmbito social, 30% afetiva e/ou 31% profissional. Eles acreditam que a halitose os tenha tornado retraídos (23%), inseguros (26%), com baixa-autoestima (14%), antissociais (14%), deprimidos (5%) e/ou extremamente tristes (3%).